Tuesday, August 11, 2015

Na Índia, costumes, figurinhas e gênesis

Estava na Índia, em uma cerimônia familiar, parecia um almoço. Era de dia e todos estavam sentados em uma mesa. Era um encontro entre ocidentais da minha família, com uma família de um indiano. Os indianos estavam vestidos a caráter, enquanto nós brasileiros estávamos com nossas roupas normais, como se fôssemos turistas naquele lugar. Eu fui até uma banca de jornal que tinha ali perto para ver o que tinha de diferente. Achei 2 álbuns de figurinhas. Um era de futebol, capa de fundo verde com jogadores vestindo uniformes amarelos em movimento, driblando com a bola em algum jogo. Olhei atrás e vi que a publicação era da Panini. Depois outro que me chamou muito a atenção, foi um novo álbum de figurinhas do chicle Ping-Pong de monstrinhos. Estilo o Ploc Monsters. Achei sensacional e na hora tirei uma foto com meu celular para mostrar para a Patri que iria adorar. Mas perguntei o preço e estava caro. Cerca de 1 dólar o pacotinho, o dobro do custo das figurinhas do outro álbum de futebol, que saia por volta de 50 centavos de dólar cada pacotinho. Eles vendiam apenas uns maços com 180 envelopes, e gastar 180 dólares em figurinhas estava fora de cogitação. Fiquei chateado. Enquanto olhava os álbuns, o indiano chefe de família veio na banca ver alguma coisa. Depois vi que ele queria comprar uma caixa de fósforos. Era pra demonstrar alguma coisa na mesa sobre a importância dos costumes indianos para a Lina, minha prima, que não queria saber e nem respeitar os costumes deles. A Lina usava um vestido chique, todo preto e brincos. Mas ela não queria se sentar nem se comportar como os indianos na mesa. A Marina também estava lá, porém ela estava convencida de que deveria respeitar os costumes locais e dizia que aquilo fazia sentido pra ela.
Por fim, foi em um local que me trouxe uma estranha sensação de Gênesis. Era o início de tudo. Dunas de areia começavam no mesmo lugar de onde saia um oceano de águas turbulentas. O céu estava com nuvens carregadas e cores diversas, do roxo ao amarelo, com relampejo. Ali era de onde "nascia" o mundo. Olhar aquilo era surpreendente.